Sempre procurei fugir de mim mesmo. Até mesmo quando deito em minha cama fico me imaginando fora de mim a olhar o mundo ao meu redor. Seria tão bom. Mas não tem como fugir da nossa realidade, não há como fugir de mim mesmo.
À distância nem mesmo é regrada pelo que queremos ou por quanto falta para chegarmos ao nosso destino. É somente uma desculpa esfarrapada para nos impedir de chegarmos aonde sempre sonhamos chegar. E onde será o meu lugar? Não tenho a certeza de tolos, mas tenho a dúvida dos espertos que procuram sempre responder as perguntas sem pensar em como as respostas chegaram ao outro lado.
Mesmo que eu fique aqui deitado neste gramado, olhando as estrelas irem, e se por ao lado oposto do nascer do sol, ainda não acharia as respostas de como fugir de mim mesmo. Essa realidade onde vivo é tão instável que minha vontade é de me recolher ao meu canto. Onde um violão velho me espera para soar como sempre: velho, porém útil. Será que serei assim no futuro? "Útil"?
Sempre me deparo com as coisas evoluindo, e a evolução está tão rápida que não consigo acompanhar com meia olhos, ou sentir, assim como sinto o vento.
Ainda aguardo o dia em que as luzes se apagarão, então todos poderão olhar para o céu e ver aquilo que eu admiro com tanta dificuldade. Simplesmente vai poder perceber o quão perfeita a noite pode ser. Alguns podem até achar que o que digo são pequenos delírios de um louco. Mas é só parar para pensar um instante: imagine você aqui no meu lugar, deitado sobre um gramado falso, olhado a lua nascer, ficando horas admirando, enquanto as estrelas a sua cabeça formam grandes constelações, e você ao lado da pessoa que ama, compartilhando sonhos e momentos. Não seria tão diicil de se imaginar, mas esquecemos sempre de aproveitar cada momento, por isso procuro fugir de mim mesmo. Nem que seja por um momento, pois assim poderia ir até onde você está, e te mostrar que seus medos, são só coisas que você imagina. Mas não há como fugirmos ou escaparmos de nós mesmos. A não ser quando estamos de frente de quem amamos.
Tenho que me desculpar com você. Pois infelizmente temos que voltar às nossas realidades. A minha, se limita a esse quarto escuro com a luz da vela. É a sua, bem... A sua é em qualquer lugar onde sua vida acontece. Ao lado de seus amigos, ao lado dos seus amores, embaixo de uma luz de poste, na frente de uma casa simples com um violão tentando conquistar alguém. Sua realidade pode ser o que quiser.
Enquanto isso vou ficar aqui olhando para o céu esperando que tudo se vá.
Quem sabe tudo se acerte, antes de eu ficar admirando as crianças na rua por uma janela meio suja de poeira das histórias contadas por nossos pais.
Segundo texto em menos de 24horas.
Peço desculpas por não ter postado nos últimos dias mas precisava de inspiração e estava crítica à situação.
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Por enquanto é só! Até a próxima pessoal!
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